segunda-feira, 4 de março de 2013

Pois é, a tal da governança SOA

Sabe qual é a diferença entre vender areia no deserto e vender um projeto de governança SOA para um empresa? Vender areia no deserto é mais fácil.
Já tentou explicar o retorno que uma governança SOA traz para o representante de uma organizção? "Vou organizar os seus serviços", você diz.
O outro responde, "a é? e o que eu ganho com isso?".
"Meu caro, você ganhará a reusabilidade", diz você com ar de superioridade.
"A é? Em quanto tempo esse projeto se paga?"
"Hummmm de um a dois anos"
"É mesmo? Mas até lá o que eu ganhei?"
"Veja bem, você evitará duplicação de serviços"
"É mesmo? Hummmm, dois anos? Hummmmm, mas qual o produto final disso?"
"A reusabilidade"
"Sei, sei"
"Mas isso não é um produto tangível"
"Bem, tangível, tangível não é, mas, a economia é grande"
"Ou seja, eu não vou ganhar nada com isso"
"Bem, você deixa de perder, que é uma forma de ganho"
"Mas..., isso não gera lucro"
"Diretamente, não"
"Hummmm..."
Essa é uma conversa fictícia, mas que poderia continuar até o final dos tempos. E antes de achar que todo mundo é obrigado a entender que a Governança SOA é um benefício óbvio para qualquer empresa, pense que estamos falando de algo que não é trivial de entender. As pessoas tem todo o direito de ficarem receosas em investir em algo que é por definição abstrato.

Para resolver esse dilema comecei a estudar um OpenSource chamad WSO2 | Governance Registry.
E depois de dois meses de estudo e testes, cheguei a conclusão que a ferramenta atende o cenário no qual estou inserido na empresa onde trabalho.
Depois que se entende o objetivo pensado pelos desenvolvedores do WSO2 | Governance Registry, tudo fica infinitamente mais simples.
No meu caso estou utilizando como insumo básico os endereços do tipo wsdl. A partir deles gero toda a base que preciso para realizar a governança.
Depois de feito o upload das definições você terá os xsd gerados pelo wsdl, e uma definição da classe que gerou wsdl. Não é a coisa mais fácil do mundo de entender, mas com um pouco de esforço você chega lá. Como pesistência estou utilizando um SQLServer (é mais prático).
Encurtando a história, caso a governança SOA na sua empresa não esteja no topo da lista nas prioridades, essa ferramenta pode te ajudar a iniciar o processo da governança com quase nenhum custo pois é um opensource.
Prós: é um opensource e em tese não terá a licença para pagar.
Contra: É um opensource escrito em Java e não tem instalador.
Considerações finais
Se você trabalhar com a suite toda. Ou seja, se você estiver usando o ESB e o aplication server da WSO2, seu aproveitamento será ainda maior. No meu caso, os webservices criados onde trabalho são gerados a partir de tecnologia WCF/.NET; tecnologia que não é supertada pelo aplication server da WSO2.
Mas mesmo utilizando apenas uma parte da solução total da WSO2, o custo benefício é muio grande.
Conclusão
Se o seu mundo é Microsoft, ainda assim, considere utilizar o WSO2 | Governance Regisgtry.
Há!

2 comentários:

  1. Até porque a Microsoft não tem nada nem parecido com um registro, certo? O ESB mesmo foi efetivamente lançado outro dia.

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    1. Pelo que sei o BizTalk tem algo remotamente parecido. Mas com o perdão da palavra, é fraquíssimo.

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